terça-feira, 14 de outubro de 2008

1987-2008





O menino que te fez uma elegia
Por conta do teu passamento,
Faz - te agora um augúrio, poeta,
Das condições climáticas,
Das vidas que transformaste em monstros
Em torno dos Enigmas Claros
E Claros Enigmas.
O menino agora feito homem
Encomenda um desenho, se não o mais perfeito,
Mais tranqüilo na terra.
Ou seja, a face daquele que teve nenhum do vento.
Para parecer a volta da poesia
Seria uma flor no assalto dos dias negros;
Das trevas que consumas, Carlos,- não durmas,
a vida essa que foi, que arde, um dia
perdurará, mesmo
que fosse como uma luva,
uma mão cortada, um verme.

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